Crianças e adolescentes podem desenvolver TOC na pandemia - Cabeça de Criança

Crianças e adolescentes podem desenvolver TOC na pandemia

Crianças e adolescentes podem desenvolver TOC na pandemia



Crianças e adolescentes podem desenvolver TOC na pandemia
Imagem de CDC por Unsplash

Com o aumento da ansiedade e do estresse durante a pandemia de coronavírus, crianças e adolescentes podem desenvolver TOC – transtorno obsessivo-compulsivo –, segundo Deborah Moss, mestre em Psicologia do Desenvolvimento. Ao R7, a neuropsicóloga alerta que os jovens que estão passando por situações mais difíceis, com casos de covid-19 na família, são mais suscetíveis.

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O TOC é um mecanismo que o organismo cria para lidar com a ansiedade, no qual a pessoa desenvolve rituais e práticas repetitivas na tentativa de manter o controle da situação. No caso das crianças e adolescentes, o TOC pode se traduzir na organização dos brinquedos, limpeza das mãos e uso de álcool em gel durante a pandemia.

A especialista pede aos pais que observem se o comportamento está causando sofrimento e trazendo prejuízos sociais e emocionais para os filhos. “Se é uma ansiedade sem motivo, ou muito intensa, que causa mais sofrimento do que protege, pode ser patológico. Se a criança fica o dia inteiro pensando em lavar as mãos, precisa procurar um profissional”, alerta.

Deborah Moss também aconselha os pais a conversarem com as crianças sobre o novo coronavírus e suas consequências, utilizando uma linguagem adequada para cada faixa etária, mas de maneira franca e sem omitir informações.

A psicóloga também aconselha que às vezes os pais deixem as crianças perguntarem, pois é importante que elas tenham espaço para falar o que pensam e tirar as dúvidas que precisam. E, às vezes, a ansiedade dos pais atropela o tempo da criança.

O tratamento do TOC é feito com terapia cognitivo-comportamental e, dependendo da gravidade do distúrbio, associada a medicamentos. Além disso, a compreensão da família é fundamental na recuperação dos filhos. Segundo a neuropsicóloga, as crianças e adolescentes reagem melhor do que os adultos por estarem em uma fase de desenvolvimento.

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